Regressão Humana

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“Quem não se comunica, se trumbica.” Chacrinha

No mundo atual, a falta de comunicação é predominante entre as pessoas. Na Pérsia, o Estado, para facilitar e tornar rápida a troca de mensagens entre os persas, já que não existia telefone, criou o que se de posteriormente o nome de correio. Hoje, as neuroses, a falta de tempo e o próprio isolamento das pessoas tornam a interação monótona. Enfim, sem comunicação, o homem reifica-se e, alienado, não é livre.

Com o golpe de 1964 e a implantação da ditadura militar no Brasil, a relação entre as pessoas foi dificultada. A sociedade não podia falar nada que ameaçasse a ditadura. Caso isso ocorresse, a mordaça era certa. Não só aqui, mas também em Cuba, China e Iraque, o período ditatorial afetou a liberdade de opinião e expressão dos indivíduos.

Hoje, os países estão tão interligados, que se pode apelidar essa interligação de aldeia global. Por um lado, essa inter-relação faz com que as pessoas troquem mensagens com maior velocidade. Já por outro, o constante uso da tecnologia globalizada distancia os humanos pelo constante uso de máquinas, que são as intermediadoras da comunicação entre eles.

Manifestações culturais retratam que a incomunicabilidade entre os seres humanos é frequente. Em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, a transmissão de mensagem entre Fabiano e seus familiares mostra, de forma fictícia, a incapacidade para tal ofício, levando a compará-los a animais. Gilberto Gil fez a música “Calice” para expressar o sentimento oprimido de não poder opinar sobre o período ditatorial brasileiro, o que demonstra uma situação real.

Logo, percebe-se que o homem precisa se comunicar com as outras pessoas. O isolamento, a falta de relação entre os seres humanos não deve existir para que não haja regressão humana. É necessário que a alienação e a reificação do indivíduo contemporâneo percam-se no tempo, para que possa existir maior expressão e melhor transmissão de mensagens.

Complementando o texto colocado acima, fiz uma reportagem que mostra que o uso de tecnologia vem mudando hábitos sociais. Atualmente, é comum se deparar com pessoas sentadas em uma mesma mesa sem trocar uma palavra. No vídeo, psicóloga explica até que ponto este novo hábito pode prejudicar a convivência em grupo. A matéria foi veiculada nos telejornais da TV Barretos no dia 27 de fevereiro de 2013. Confira!

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