Mundo de bonecos

Os atores do teatro de marionetes já não são mais os bonecos, e sim os próprios seres humanos que perdem suas identidades culturais pela ação dominadora dos poderosos. Essa intensa manipulação alheia, para igualar as sociedades e anular as diferenças, aconteceu em Roma, na América e em outros lugares de maneira cruel, o que acarretou a intolerância em relação ao outro e o próprio preconceito. Para reverter essa situação, é preciso respeitar as diversidades de costumes e valores existentes, e não impor um estilo de vida único.

Na  História, sempre existiu um diretor para dominar as cenas e controlar os bonecos. Na Antiguidade Clássica, mais precisamente em Roma, durante a expansão imperial romana os imperadores para conseguirem dominar os povos conquistados dava-lhes a cidadania. Já na Idade Moderna, Portugal e Espanha, para impedir reações e impor suas vontades, catequizavam os índios americanos. Na Idade Contemporânea, os EUA com sua Doutrina Monroe: “A América para os americanos”, longe de uma preocupação com a independência dos países desse continente, queriam mesmo era delimitar a América como sendo sua área de dominação. Períodos distintos, mas com existência das persistentes marionetes da vida.

As pessoas, do mundo atual, são feitas de bonecos pelos poderosos e, mesmo assim, não fazem nada para brecar a ação dessa massa dominadora. E o pior é que acabam possuindo desejos que não são seus verdadeiramente, como: viver em condomínios, usar roupas de marca, possuir um estilo de vida consumista, para assim, como é propagado pela mídia, fazer parte da alta sociedade. Humanos totalmente perdidos em relação as suas próprias identidades culturais.

O teatro de marionetes não deve ser constituído por seres humanos e a manipulação não deve existir. O respeito às diversidades de costumes e valores é de suma importância, já que a sociedade é composta por diferentes estilos de vida. O mundo de bonecos deve ser destruído para que o mundo dos humanos, que possuem suas próprias vontades, ocupe o lugar do anterior.